O brasileiro está vivendo mais – e quer viver melhor. No país, 31,2 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, o equivalente a 14,7% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Saiba mais sobre massa muscular.
Para chegar até a chamada “melhor idade” e dar conta de atividades diárias como sentar-se, levantar-se da cama, carregar sacolas e subir escadas, o fortalecimento muscular é fundamental. Sai na frente quem começa cedo.
“Por volta dos 30 anos, atingimos o pico da nossa capacidade funcional e, muitas vezes, da nossa melhor composição corporal. A partir de então, com o envelhecimento sedentário, perde-se massa muscular a uma taxa aproximada de 0,5% a 1% por ano. Então, dos 30 aos 60 anos, as pessoas têm entre 15 e 30% menos massa muscular. Por isso, é importante começar a pensar lá na frente ainda jovem”, explica o médico do esporte Lucas Caseri.
Apesar dos evidentes benefícios de começar cedo o fortalecimento muscular, a ciência aponta vantagens para quem inicia tardiamente.
LEIA MAIS: A Testosterona é Fundamental Para a Longevidade
“Vários estudos científicos mostram que pessoas que começaram a fazer musculação a partir de 80 anos tiveram resultados positivos, com I’ll melhora de força muscular e funcional para atividades do dia a dia”, destaca o especialista.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos pratiquem entre 150 e 300 minutos de atividade física por semana, que pode ser aeróbica. Contudo, cada vez mais, ressalta-se a necessidade da inclusão de exercícios focados no fortalecimento muscular, segundo Caseri.
“Existe a recomendação de grandes entidades de saúde, como o Colégio Americano de Medicina do Esporte, para que atividades com pesos sejam obrigatórias entre duas e três vezes por semana, porque a força e a massa muscular são muito desenvolvidas pela musculação”, explica.
Embora os benefícios das atividades físicas sejam conhecidos, muitas pessoas não fazem exercícios no Brasil. Quatro em cada dez brasileiros são sedentários (40,3%), também de acordo com o IBGE. Entre as pessoas com 60 anos ou mais, o número é ainda maior: quase seis em cada dez (59,7%). Hábito que traz riscos à saúde.
Para quem já deixou o sedentarismo de lado, o médico do esporte salienta que a manutenção do fortalecimento muscular precisa ser combinada a outras estratégias para garantir a longevidade, como dieta balanceada e sono regulado.
Disponível em: terra.com.br